quarta-feira, 18 de abril de 2012

18 de Abril - Dia Nacional do Livro Infantil

"Um país se faz com homens e livros"
(Monteiro Lobato)

Esta data foi escolhida  pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, em homenagem ao escritor José Bento Monteiro Lobato.

Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882 e foi o criador da literatura infantil no Brasil. Autor de inesquecíveis histórias infantis, entre elas O Sítio do Pica-pau Amarelo, cujos personagens Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Pedrinho, Narizinho e Emília marcaram a história da literatura infantil.
 
"O livro faz toda a diferença na formação de uma criança. Embora estejamos na era da informática, as histórias infantis fazem a criançada viajar num mundo de fantásticas aventuras e encantam todas as idades."
 

Sobre Vicente Guimarães

Vovô Felício - Vicente de Paulo Guimarães


Vicente de Paulo Guimarães nasceu em 23 de maio de 1906, na cidade de Cordisburgo, Minas Gerais e faleceu em 02 de junho de 1981. Entre as atividades que exerceu destacam-se as de jornalista, escritor e educador.
Vicente Guimarães, o vovô Felício, encantou e embalou o sono de muitas crianças brasileiras. A dedicação à literatura infanto-juvenil lhe fez produzir mais de 40 títulos.

Em 1935, Vicente criou em Belo Horizonte a revista "Caretinha", dedicada a jovens leitores; dois anos depois, foi o responsável pelo suplemento infantil do jornal "O Diário". A partir daí, estava completamente envolvido com a literatura infantil. Um dos projetos de sucesso foi a revista "Era uma vez", que começou a circular em 1947. Além da linguagem escrita, utilizou a televisão para dar cursos de literatura para crianças e jovens.


Da infância tranqüila em Cordisburgo, ficaram as lembranças de um dos companheiros - seu sobrinho, apenas dois anos mais novo - João Guimarães Rosa. A vida do menino Guimarães Rosa foi contada em uma das mais inspiradas obras de vovó Felício e também seu primeiro livro para adultos, lançado em 1971, Joãozito - a infância de João Guimarães Rosa. "Eu e Joãozito éramos tio e sobrinho, mas a vida mais nos ligou em especial fraternura, compartilhantes que fomos do mesmo quarto, de brinquedos, peraltices e de geral vivência" (Vicente Guimarães). Guimarães Rosa e seu "muito tio", assim o sobrinho o chamava, trocaram vasta correspondência.


Em 1960, o sobrinho já consagrado aprovou que vovô Felício adaptasse para as crianças um de seus contos. "Autorizo o Sr. Vicente de Paulo Guimarães a contar às crianças, escrevendo em linguagem sua, apropriada à infância, a história do meu conto "O burrinho Pedrês", do livro Sagarana, e a publicar a história sob o título A última aventura do sete-de-ouros... Guimarães Rosa."

Sobre o pseudônimo, ele contava: "Fiz um concurso entre as crianças que liam os meus livros, para saber qual o nome gostariam de adotar para aquele autor que lhes contava tantas histórias, como se fosse já uma pessoa idosa [...] o primeiro nome, escolhido por unanimidade, foi vovô. Já o Felício nasceu de uma carta que recebi de uma criança que havia perdido seu avô chamado Felício, e que para ele significava felicidade."

O amor às crianças e à literatura fez com que Vicente tomasse atitudes como de fundar bibliotecas e centros de recolhimento para menores abandonados e carentes - Lar dos Meninos -, mantido pela Prefeitura de Juscelino Kubitschek.

A última obra de vovô Felício - O menino do morro - foi em homenagem ao fundador da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis. Uma semana antes do seu falecimento, ele participou do lançamento do livro em Belo Horizonte.

"Vicente de Paulo Guimarães foi coerente com seus princípios e com o propósito de contar histórias para as crianças, tentando mostrar-lhes bons exemplos e, ao mesmo tempo, inspirar-lhes sadias reações. Jamais pensou em mudar sua linha e seu estilo literário, mesmo que pudesse, de outra forma, acelerar a venda de seus livros. Vovô Felício se atualizava com o progresso do mundo, sem se contaminar ou corromper" (Carmem Schneider Guimarães).
Principais obras

- João Bolinha virou gente - João Bolinha virou selo dos Correios e se tornou nome de rua no Rio de Janeiro
- A última aventura do sete-de-ouros. Adaptação, a pedido de Guimarães Rosa, de um conto de Sagarana
- A princesinha do castelo vermelho
- Marisa
- Era uma vez uma onça
- Boa vida de João Bolinha
- A fama do jabuti
- Os bichos eram diferentes
- JK, o nono
- Bilac, história de um príncipe
- Rui Barbosa
- O infante D. Henrique
- Pedro Álvares Cabral
- O pastorzinho de Pouy, vida de São Vicente
- Joãozito - infância de Guimarães Rosa
- O pequeno pedestre
- Campeão de futebol
- Frangote desobediente
- Quinze minutos de poder
- Os três irmãos
- Grupp
- Uma cidade nasce
- Vida de rua
- O menino do morro - homenagem a Machado de Assis
- História de um bravo
- Anel de vidro - livro de versos e canções
- Coleção vovô Felício - composta de seis volumes


Títulos
 
Cidadão honorário de Belo Horizonte
Membro da Associação Brasileira de Educação
Membro da Associação Brasileira de Imprensa
Membro da União Brasileira de Escritores

 Prêmio Monteiro Lobato da Academia Brasileira de Letras - 1977:

O tipo de vovô Felício, contador de estórias para crianças, é hoje um desses personagens míticos que se incorporam definitivamente ao nosso "estado civil" literário. Pode-se dizer, de Vicente Guimarães, que ele, com a personagem e obra de vovô Felício, veio a ser o continuador mais autorizado do grande Monteiro Lobato. Este mesmo, como que fez de Vicente Guimarães seu herdeiro literário, nos seguintes termos. "És, não há dúvida, o discípulo amado. Você tem todas as qualidades para um escritor para crianças (1937) [...] Muitos forçaram a nota de simplicidade, só conseguindo vulgaridade e pieguice. Mas você alcançou a justa medida. Está aprovado com grau 10" (1938).





Fonte: http://www.descubraminas.com.br/Turismo

segunda-feira, 2 de abril de 2012

VOCÊ SABIA?

A PÁSCOA E SEUS SÍMBOLOS

O nome páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" ("passagem"), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida).
Ainda hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas.

Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria.
Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos.

OVOS DE PÁSCOA

De todos os símbolos, o ovo de páscoa é o mais esperado pelas crianças.

Nas culturas pagãs, o ovo trazia a idéia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida.

Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados.

Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.

Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a páscoa, foi adotado pelos cristãos, nos século XVIII. A igreja doava aos fiéis os ovos bentos.

A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma.

A versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.


COELHO


Por sua grande fecundidade, o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa. É que ele simboliza a Igreja que, pelo poder de cristo, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos.


CORDEIRO

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.

Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.


CÍRIO PASCAL
É uma grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que "Cristo é a luz dos povos".

Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego"alfa" e "ômega", que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal.

O Círio Pascal simboliza o Cristo que ressurgiu das trevas para iluminar o nosso caminho.


GIRASSOL

O girassol é uma flor de cor amarela, formada por muitas pétalas, de tamanho geralmente grande. Tem esse nome porque está sempre voltado para o sol.

O girassol, como símbolo da páscoa, representa a busca da luz que é Cristo Jesus e, assim como ele segue o astrorei, os cristãos buscam em Cristo o caminho, a verdade e a vida.



PÃO E VINHO

O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.

Jesus já sabia que seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então, combinou com dois de seus amigos (discípulos), para prepararem a festa da páscoa num lugar seguro.
Quando tudo estava pronto, Jesus e os outros discípulos chegaram para juntos celebrarem a ceia da páscoa. Esta foi a Última Ceia de Jesus.

A instituição da Eucaristia foi feita por Jesus na Última Ceia, quando ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo... Este é o meu sangue...". O Senhor "instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo dos séculos, até que volte, confiando deste modo à sua amada Esposa, a Igreja, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se come Cristo, em que a alma se cumula de graça e nos é dado um penhor da glória futura".

A páscoa judaica lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da liberdade.

Hoje, comemoramos a páscoa lembrando a jornada de Jesus: vida, morte e ressurreição.


COLOMBA PASCAL


O bolo em forma de "pomba da paz" significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.


SINO

Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações.

O sino é um símbolo da páscoa. No domingo de páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de cristo.





Fonte: Portal da Família - www.portaldafamilia.org